quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Reportagem...

Histórias de Ana e Mia
Jovens que passaram pela terrível experiência da Ana ou Mia, doenças que devem ser tratadas com delicadeza e muita cautela. Não entre você nessa “moda” também não!

Anorexia e Bulimia, mais conhecidas por “Ana” e “Mia”, são doenças atualmente muito divulgadas, como mostrou a entrevista do Doutor Drauzio Varella em seu site. Porém, muito antes de virar “moda” elas já estavam na vida de muitos jovens. Especialmente em meninas, moças e mulheres que há anos morriam em decorrência das doenças.
Essas enfermidades são sérias e devem ter tratamento urgente. Muitas pessoas ainda tratam quem tem esses distúrbios de “frescos”, humilham e ferem o sentimento. Qualquer pessoa, criança, adolescente, jovem ou adulto que vier a ter, ou Ana ou Mia, deve estar atento. Na maioria dos casos de anorexia ou bulimia a origem é psíquica, neurológica ou até psiquiátrica. Não é fácil sair dessas doenças, assim como não foi fácil entrar.
A mídia, infelizmente, está ajudando muito na propagação dessas doenças, entrevistas e reportagens contra ambas são como “pequenas gotas d’água em um oceano”, pois muitas propagandas, filmes e novelas aparecem mais as magras, lindas e desejadas, quem está normal ou fora do peso é mais rejeitada e isso está se refletindo em nossa sociedade.
As pessoas não entram nessa “onda” porque querem, mas por algum distúrbio, emocional, neurológico, psiquiátrico, alimentar ou até social e quando saem de perigo sempre fica algum vestígio emocional.
O distúrbio alimentar pode ter diversas causas, a mais comum é a ansiedade, o nervosismo. A bulimia ocorre quando a pessoa percebe que exagerou na alimentação e resolve provocar vômito e isso vira um vício, com o tempo se tem à prática de vômitos não precisando mais provocá-lo, o estômago adquiri um reflexo, ou somente tomam um pouco de água e apertam a barriga, não é mais necessário o dedo ou a escova de dente na garganta. A bulimia é mais simples de tratar pelo fato de que a pessoa está sempre mais consciente do mal que está provocando em si mesma, e quando o médico explica os sintomas e os resultados de tais ações a pessoa a para com as provocações e cuida mais da sua saúde, explica o psiquiatra e professor Táki Cordás.
Já a anorexia é um pouco mais séria, pois é difícil tratá-la, já que a pessoa não está consciente de seus atos, desde a primeira vez que evitou comer. Ela quer ser / estar perfeita como a mídia impõe, às vezes a escola, o namorado, os amigos e até a própria família influenciam para o começo da doença. A Anorexia Nervosa é a mais preocupante entre elas, pois a pessoa se acha sempre acima do peso, quer sempre perder mais e mais gordura, parando de comer tudo e vivendo a base de cenoura, chá verde... E a diferença no corpo é vista rapidamente e há também a Anorexia Purgativa, onde além de parar de comer a pessoa ainda provoca vômitos.
Algumas profissões são grande alvo dessas doenças, as modelos, seguidas das bailarinas são as que disparam no ranking de perigo. Uma pesquisa realizada na Argentina mostrou que a bulimia e a anorexia nervosa alcançava 50% das profissionais que dançavam no Teatro Colón de Buenos Aires, entre outros como atletas, estudantes de medicina, psicologia e nutrição.
Segundo Desirré, estudante de psicologia, sofreu de anorexia, por um ano, começou até a perder os cabelos. “Pensei muito em suicídio e tentei a primeira vez quando engordei 300 gramas foi muito triste” explica Desirré e complementa dizendo, “toda anorexia tem raiz e essa raiz vem muitas vezes de uma sociedade que tem como padrão estético à magreza. Eu mesma tive início por uma rejeição no colégio” diz.
Desirré teve complexo de inferioridade e foi motivo de gozação para muitos. Começou a fazer regimes com auxílio e acompanhamento de médicos, mas ela queria resultados rápidos e conta, “mas ai parei e comecei a obsessão. Meu maior recorde foi dois quilos em um dia... Eu era obcecada por academia e me alimentava com apenas alface e chá verde, peito de peru.”
Porém a anorexia de Desirré se tornou nervosa quando ela sofreu um acidente, e teve que ficar de repouso, onde ela ficava sem comer por dias. Foi então que ela descobriu que tomando laxantes (que vendem em farmácias) naturais ela conseguiria emagrecer sem prejudicar sua saúde. Ela diz “cheguei a tomar várias cápsulas em um dia, depois eu descobri que poderia expelir também através do vômito, forçando meu estômago”.
Só que ela não obteve muita sorte na anorexia purgativa e começou a engordar, “tive bulimia durante dois anos, da bulimia fui pro alcoolismo e não vivia mais sem bebida porque ela facilitava meu vômito... comecei um tratamento com psicólogo e psiquiatra, não adiantou nada porque eu não conseguia me abrir, eu analisava mais ela do que ela eu”, conta Desirré.
Insatisfeita ela faz mais uma tentativa de suicídio, uma semana antes de acampar. “Tentei mais uma vez suicídio através de uma overdose de remédios; tomei um remédio que se tomasse entraria em coma; uma cartela de remédio tarja preta e um vidro de neusadina... Até que... nada aconteceu comigo, parece loucura, mas eu tinha um chamado pra cumprir e esses livramentos foram uma benção porque no acampamento que fui conheci um cara que mudou minha vida, o nome dele é Jesus Cristo. Eu me arrependi de tudo que fiz e Ele foi o único que pôde me ajudar, Ele me ergueu como um pai ergue um filho”, assim Desirré finaliza sua história.
Hoje aquela menina que era sozinha, que estava a ponto de reprovar terminou seu primeiro ano de psicologia, “ha, estou namorado, nem da pra notar né?! (risos)” completa Desirré. Agora ela está com a vida restaurada, curada e está ajudando uma menina de quinze anos que sofre com o mesmo problema.
Esse é um exemplo de muitas meninas que entram na “moda” Ana e Mia por causa da sociedade e conseguem sair, mas e outras inúmeras garotas que entram nessa “moda” e não conseguem sair, morrem, suicidam, etc...
Anorexia e Bulimia não são moda, não são estilo de vida, são problemas, doenças, distúrbios emocionais, alimentares, psicológicos, psiquiátricos, etc, a cada dia que se passa sem ajuda o caso clínico piora, o melhor é ter uma boa alimentação e ser você mesmo, isso sim é estilo de vida.

Maita Torres Rocha – 2º Período de Jornalismo

2 comentários:

Maah disse...

Adoreiii sua materiaa ficou show!!!

Useii ate um pedaço de seu texto no
meu trabalhooOOO ... e o professor
amouuuu!!!

Vlww

BjaoOO

=]

Anônimo disse...

Estou com vc nessa, a pouco meos de 01 ano passei por uma situação semelhante, mais eu comia compulsivamente para poder engordar, pois havia perdido 20kls em 2 semanas por problemas psicológicos, hj estou entrando para a área da psicologia e tenho interesse em entrar nessa batalha e dar o grito de liberdade e despadronização de beleza..gostaria que entrassemos em contato pois pretendo publicar um livro de auto-ajudas a essas pessoas que como eu passaram por tal transtorno..thuany_gugelminturismo@hotmail.com..Espero que me adicione, assim podemos juntas ajudar mtas pessoas, e até mesmo salvar mtas delas